A mãe vem sempre à frente.
O vento sopra quente.
O Sol já está indo para o poente.
O suor escorre pelo rosto,
e desce pelo corpo dessa gente.
A mãe se abaixa e apanha lenha.
A menina recolhe varinha.
De varinha, em varinha,
monta também seu feixe.
Pobre também tem fantasias.
sonham em assar um peixe.
Não podem voltar de mãos vazias,
carregando só esperança por hora,
a menina vem contente,
sabe que no Natal tudo é diferente.
Pensa em seus irmãos inocentes,
quem sabe em nossa mesa vai ter algo quente.
Nas fazendas todos estão a comemorar,
dá para sentir o cheiro de assados no ar.
na cabeça o feixe de lenha a pesar,
no rosto, gotas gordas, teimam em rolar,
rolam até sua boca alcançar,
e o gosto salgado da vida só vem aguçar.
A mãe para e se vira de repente,
então a menina se põe a pensar:
Hoje é natal, por que seu olhar não está contente?
Impaciente, a mãe joga seu feixe pelo ar.
Dói, mas é preciso falar: Não adianta lenha apanhar,
em casa não tem o que cozinhar.
Regina Gois
Regina Gois
ai q triste... mas como os outros contos este é muito lindo tbém. beijinhos, vania.
ResponderExcluirOlá Querida!
ResponderExcluirÉ um conto real, baseado na vida de uma amiga.
Estou feliz, que você esteja lendo meus trabalhos.
Beijos
Te amo!
Lindo mesmo, principalmente porquê retrata a vida real, a vida de uma amiga!! Parabéns mais uma vez!
ResponderExcluirCidinha: Rê.. somente alguém com tamanha sensibilidade , perspicacia para ánalise de conjuntura e inteligência como você é capaz de expressar tão triste histório em versos tão sublimes.
ResponderExcluirA ternura com que escreveste o texto abrandou a tristeza trazida na memoria por longos anos e um anjo negro lá do céu , creio eu compartilha comigo esta grande emoção
Forte Abraço!
muito triate mesmo em epocas passadas me recordei do que passei , foi quase isso hoje graaças a deus estou bem melhor , beijos
ResponderExcluiroi regina parabens pelo poema é a pura realidade dps pobres no
ResponderExcluirbrasil. odair professor de filosofia