Desce pela enxurrada
Rodopia, roda, segue a correnteza.
Desliza como uma jangada
Vai, realiza tuas proezas.
Vai partindo, sumindo,
Eu corro atrás animada.
Sinto-me em um carrossel,
Mesmo estando toda encharcada.
Quando para, eu assopro,
Ele roda, rodopia sobre a água,
Para só depois, seguir sua estrada.
Não tem vela, nem motor, nem nada.
Apenas segue sua jornada.
Ainda dou uma última olhada.
Ele faz várias acrobacias,
Enquanto vai sumindo, se desfazendo.
Igual a uma promessa vazia.
Logo não vejo mais nada.
Nada além de uma folha de papel molhada,
Sendo impiedosamente arrastada.
Regina Gois
Regina Gois
É...barquinhos de papel levam saudades, trazem lembranças, é pura nostalgia...quanto mistério eles guardam não? Que poema suave, gostoso de ler e também fazer uma reflexão!! Beijos!!
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