Encontrei-me com a Rê na Barra Funda faltando 40 minutos para o embarque. Ela trouxe uns lanches maravilhosos e ficamos comendo e papeando. Quando faltava 15 min pro embarque, saímos correndo, atravessando a massa humana. Demoramos 15 min para chegar no ônibus, fomos as últimas a embarcar as malas, rsrs...Bem, para resumir, o a viagem durou 15 horas, tive dores terríveis na perna, passei fome, chegamos em Dourados podres. Deixamos as malas, tomei um banho gostoso na Renatiiiinha e fomos almoçar num supermercado que tem na esquina do condomínio. Depois, tiramos um cochilo e saímos à noite para o Shopping, onde ficamos o tempo todo numa só loja, de calçados, uma loja maravilhosa, vocês iriam amar. Comprei uns sapatiiinhos baratiiiinhos... Voltamos prá casa, a Jaque (amiga da Renata, uma fofa) fez um macarrão de forno delicioso, jantamos e dormimos. Dia seguinte (6ª F) acordamos bem cedo (6:30) e fomos ao lugar marcado para pegar o carro alugado. Chegando lá, eles nem tinham aberto a agência ainda, a Rê ligou no celular do cara, ele disse que estava vindo, e nisso ficamos uma hora esperando. Veio o cara, depois de muito vai-não-vai, deu-nos um Uno no lugar de um Palio ou Gol que a Rê tinha visto pela Internet. Pegamos o Uno e fumu... eu estava sem minha habilitação (não sabia que a gente iria alugar carro), então a Rê foi dirigindo, imaginem só a “aventura” na estrada, rsrs... (desculpa aê, Rê). Após uma hora e meia chegamos no Paraguay. Gentem, nem dá prá contar, que maravilha de Shopping, fiquei deslumbrada, nunca vi tanto perfume, cremes, maquiagem, cosméticos, eletrônicos, roupas de grife, enfim, tudo o que vocês podem imaginar de importados do bom e do melhor num só lugar. TODOS os perfumes tinham frasco demonstrativo, então, a gente espirrava no corpo todo, nem sei como não fiquei com dor de cabeça de tanto “cheirar”, rsrs... Almoçamos no Shopping mesmo, e fomos pegar o carro, para ir para outro Shopping (comparar preços). O carro não pegou, nem deu sinal de vida, ficamos uma meia hora tentando. Um cara de um centro automotivo lá do Shopping nos ajudou (levantou o capô e deu uma “apertadinha” no parafuso do cabo de bateria), estava frouxo, que raiva!!! Aí o carro pegou e lá fumus nós atrás de mais muamba. Bem, lá na fronteira, é uma maloca só, barracas em cima da calçada, como se fossem bancas de jornal uma colada na outra, em todas as calçadas, virando quarteirões, e ainda cobertas, ligando as bancas às lojas. Você passa no meio disso tudo como se fosse um túnel, com aquela paraguaiada prestativa oferecendo mircaduria. E o povo comprando. Eu entrava em tudo que era loja prá procurar o perfume da Vania, pois o limite que ela me deu, só deu para comprar o de 30 ml,ahahahahahah, pois é um perfume caro, e nem toda loja tinha o de 30. Bem, quando chegou por volta das 6 da tarde, percebemos que ainda tinha muita coisa prá ver, então resolvemos pousar na cidade, fomos à cata de hotel. Começamos pelos que tinha uma cara decente, mas o preço... só por uma noite estava muito caro, então fomos descendo o nível, aí eu falei prá Rê: “Olha, tem que ser um lugar que só tenha uma placa escrita: Hotel. Ponto, sem florzinha, sem nome de hotel, sem hall de entrada, sem nada. Achamos uma espelunca, ahahahhaahahhah, imaginem uma espelunca no verdadeiro sentido da palavra, com gente lavando roupa prá todo canto, ninando criança, um conversê, um pero que si, pero que no que não acabava mais. Mas, tinha chuveiro, então, tudo bem. Ah, e o carro ficava estacionado bem em frente, então a gente tinha um local base. Dormimos, no sábado pela manhã deixamos a Renatinha dormindo e lá fomos eu e a Rê às compras. Voltamos umas onze, pegamos a Rê, continuamos as compras, almoçamos num mercado, também, do lado do Brasil, comida por quilo. Lá faz muita névoa, de manhã, você anda no meio de uma garoa, mas não uma garoa que cai, uma garoa que fica no ar, e você passando no meio dela, o cabelo fica todo molhado. É muito estranho. Bem, depois do almoço, continuamos nossas andanças pela maloca das barracas, eu procurando o perfume da Vânia, a Rê brigando com um libanês (essa é uma história à parte, só contando pessoalmente), depois, fizemos amizade com OUTRO libanês (que também é uma história à parte), esse valeu a viagem... ai, ai... bem, gasp, continuando...voltamos ao Shopping China (o deslumbrante, fiquei mais uma meia hora “cheirando” (gente, vocês não tem noção, imaginem todos os perfumes que vocês podem imaginar, com provador). E os preços? Nossa, muito barato, dá vontade de trazer um de cada. Fui na parte de guloseimas, só comprei coisas diferentes para os meninos: chicletes, balas, bombons, chocolate, marshmellow, etc. Bem, o dinheiro acabou. Para tomar o último cafezinho para vir embora, tivemos que ficar juntando moedinhas, mas ainda deu para comer um pão de queijo cada uma e tomar um cappuccino, ahahahahahahahah. Bem, já era de noite, e a tarr névoa... não se enxergava um palmo na frente do nariz. A Rê falou: “eu não dirijo”, aí eu tive que pegar o carro, sem habilitação mesmo. Quando começou a estrada, a estrada sumiu na neblina, não dava prá enxergar nem o olho de gato do asfalto. Então, na hora, apareceu um luminoso, era um Motel. Virei prá direita “pisando” em ovos, procurando a entrada do Motel. Não aceitava cartão e a gente não tinha dinheiro. Bem, perguntei pro cara: Como saio daqui? Ele disse: Dá ré, kkkkkkkkkkkkkk, como ré, se eu não enxergava nada? Pedi prá ele abrir o portão para eu dar a volta, ele abriu e fui indo devagarinho procurando algo parecido com uma saída. Fui indo, indo, eis que senão quando, não mais que de repente, o que aparece bem na minha frente, o quê, o quê?? Uma PISCINA!! Quase caímos na piscina, kkkkkkkkkkk, Saí do carro, procurei o caminho de volta, achei... Consegui chegar na estrada novamente e ficamos à espera de passar um carro para eu seguir as luzinhas. Passou um carro, engatei uma primeira e saí a toda atrás dele (pois ele já vinha embalado, então imaginem, um Uno saindo em primeira marcha para alcançar um carro na auto estrada). Mas, eu não poderia perdê-lo de vista, pois era a única guia, a lanterna do carro. Bem, depois de uma meia hora a névoa foi se dissipando (depois falaram que essa névoa é muito comum, só dá na fronteira) e fomos chegando em casa. Só que a gasolina foi acabando, o ponteiro baixando, baixando, e eu falando prá Renata: Rê, tá perto? Tá, tia, tá chegando, e roda, roda, e o ponteiro baixando, e eu perguntando? Rêêê, não chega??? E ela naquela calma... tá chegando, tia. Bem, chegou, Ufa, o carro foi até o estacionamento. No dia seguinte, quando o cara da agência foi buscar o carro, ele não pegava mais, pois estava sem gasolina, kkkkkkkkkk, bem problema deles, pois também entregaram o carro prá gente com o tanque vazio. Bem, depois de devolver o carro (a devolução do carro é uma história à parte, a Rê e os shows dela, só Jesus...) fomos ao mercado, compramos coisas para o almoço e a Regina fez o almoço. Arrumamos as malas e fomos prá rodoviária (o embarque de lá para cá é outra história à parte, a Rê e suas subidas nas tamancas – mas, nesse caso, eu tirei o chapéu prá ela, eu disse que esse fato anulava toda a vergonha que ela me fez passar, ahahahahahahah. Bem, depois de 16 horas e meia chegamos em casa, com uma costela com mandioca, arroz soltinho, feijão fresquinho nos esperando.
Relato de: Ivany Mello